domingo, 25 de março de 2012

CAPÍTULO 5


Condomínio – Garagem – 13:40 – 25/02/2012:

Bianca: Vou lá avisar os meninos que achamos um carro.

Quando Bianca estava quase chegando à piscina, Rafael a puxou pelos cabelos e se escondeu por trás de uma pilastra.

Rafael: Cala a boca garota, se não eu corto sua garganta – falou ele com uma faca no pescoço de Bianca.

Bianca: Como você se soltou?

Rafael: Garota, fica quieta e vem comigo.

Rafael estava passando com Bianca entre os prédios pra que ninguém os visse.

Condomínio – Garagem:

Juliana: A Bianca está demorando demais, não acha?

Fernanda: Sim! Vamos lá ver se ela está com os meninos.

Juliana e Fernanda foram até os meninos e perceberam que Bianca não estava com eles.

Juliana: Lucas, a Bianca veio aqui?

Lucas: Não! Por que?

Juliana: Merda! Cadê o Rafael?

Todos olharam para a pilastra que tinham amarrado o Rafael e perceberam que ele não estava lá.

Rafael: Eu estou aqui, otários!

Rafael estava na frente do portão com a faca no pescoço de Bianca e um controle na outra mão.

Fernada: Larga minha irmã agora.

Rafael: Acho melhor não! Ela é minha garantia de que vou sair daqui vivo.

Juliana: E por que você está com esse controle na mão?

Rafael: Caso vocês tentem alguma coisa, eu abro o portão da garagem. Assim todos os infectados que estão lá fora entrarão aqui em segundos e todos vamos morrer.

Yan: Mas se você fizer isso também vai morrer.

Rafael: Eu posso até morrer, mas vocês vão juntos.

Leonardo se aproximava bem devagar para perto de Rafael, que estava distraído com as ameaças ao restante do grupo. De repente Rafael nota Leonardo se aproximando:

Rafael: Eu não faria isso se fosse você.

Rapidamente Leonardo jogou o taco de baseball no rosto do Rafael fazendo com que Bianca se soltasse. Caído no chão Rafael agonizava de tanta dor que sentia. Seu nariz sangrava muito, mas quando todos pensaram que ela iria desmaiar, então ele levantou-se, pegou o controle e disse:

Rafael: Eu avisei – disse ele apertando o botão que acionava a abertura do portão.

Juliana: NÃAAAOOOO!

O portão começou a abrir e começaram a entrar muitos infectados para dentro do condomínio. Muitos deles se distraíram com o Rafael caído no chão em meio ao sangue.

Yan: Corre pessoal!

Todos começaram a correr em direção ao carro que Juliana tinha encontrado.

Lucas: Cadê as chaves?

Juliana: Merda! Não tem chaves, me empresta seu taco de baseball.

Juliana deu uma tacada no vidro, mas ele não quebrou. Provavelmente era blindado. Ela bateu mais algumas vezes e enfim conseguiu fazer um pequeno buraco no vidro. Ela botou a mão por dentro e abriu o carro.

Leonardo: Rápido com isso aí, eles estão chegando!

Juliana: Entrem todos dentro do carro!

Todos nós entramos no carro.

Yan: Liga logo o carro Juliana.

Juliana: Não tem chave!

Yan: Mas que merda! Marcelo você é fera nisso. Vai lá e faz a ligação direta.

Marcelo: Isso leva algum tempo. Vocês precisam fazer alguma coisa pra matar essas criaturas.

Juliana olhou pra mim e disse:

Juliana: Yan vamos lá – disse  ela me entregando uma pistola. 

Yan: Leonardo, venha ajudar a gente.

Leonardo: Beleza!

Saímos do carro já atirando. Juliana era muito boa com tiros. Não consegui errar nenhum, mesmo que quisesse. Eu atirava mais de perto para não errar e gastar munição. Leonardo ficava com os que estavam se aproximando demais.

Juliana: Marcelo! Anda logo com isso. Não tenho mais munição.

Marcelo: TÁ QUASE!

Yan: Meu deus! Esse é o nosso fim! – eu disse em pensamentos

Marcelo: Pronto! Vamos!

Corremos até o carro que já estava ligado.

Bianca: VAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!

Juliana pisou fundo no acelerador e saímos atropelando vários infectados que dificultavam a nossa saída do prédio. Mas enfim conseguimos sair. Mas ainda estávamos sendo seguidos por algumas centenas de infectados que foram atraídos pelo barulho dos tiros que demos.

Marcelo: Merda! Vira na próxima esquerda e segue reto ate uma praça.

Juliana: Tá.

Seguimos até a praça e descemos do carro.

Lucas: Você acha que a gente despistou eles?

Yan: Provavelmente sim, mas vamos tomar cuidado. 

Juliana: Pessoal, temos um problema.

Yan: O que houve?

Juliana: Não temos comida nenhuma e a gasolina do carro está acabando.

Leonardo: Merda! Vocês mulheres são inúteis mesmo! Por que não viram se a merda do tanque estava cheio! Agora todo mundo vai morrer.

Lucas: Ei! Acho melhor você falar bem mais baixo e direito com elas. Pelo menos elas não ficaram igual uma menininha só pra limpar uma piscina.

Leonardo se calou e se afastou.

Fernanda: Garoto patético esse.

Juliana: Gente! A questão é que estamos de volta a estaca zero. “Não temos nada, apenas algumas munições e o taco de baseball do senhor ‘‘eu sou demais” ali.

Marcelo: Gente! Tem um mercado não muito longe daqui.

Bianca: Tem como a gente ir andando?

Marcelo: Ter, eu sei que tem, mas eu acho muito arriscado. Ainda temos pouco de gasolina.

Juliana: Sim! Acho que deve dar pra mais uns 2 quilômetros.

Marcelo: Já sei o que a gente tem que fazer.  A gente vai no mercado, pegamos tudo que couber no carro e vamos a procura de um posto de gasolina.

Juliana: Então ta certo. Vamos logo!

Todos entramos no carro novamente e seguimos até o mercado. Chegando lá, paramos o carro e descemos.

Juliana: Pessoal, cuidado! Fiquem em silencio. Não sabemos o que tem lá dentro ainda.

Todos concordamos com a cabeça.

Fomos entrando no mercado. Parecia que tinha passado um furacão por ali. Estava tudo bagunçado, com muito sangue em toda a parte. Estávamos na ala dos biscoitos.

Juliana: Lucas, pega um carrinho desses aí – disse ela sussurrando.

Lucas: Já estou indo – disse ele, indo pegar uma barra de ferro pra se proteger.

Juliana olhou pra ele com uma cara tipo “mais que porra é essa“.

Lucas: Só pra garantir – disse ele bem baixinho.

Lucas foi pegar um carrinho quando de repente um infectado percebeu seu movimento e então veio correndo feito um louco para cima dele. Dava para perceber os seus olhos sem vida e sem alma. O infectado estava chegando perto quando ouvimos um tiro.

Yan: Mas que porra foi essa?

.....: Foi eu!

Falou uma menina que estava em cima de uma espécie de forte no telhado da parte de dentro do mercado.

Yan: Quem é você?

......: Prazer, meu nome é Laila.

Yan: Oi, eu sou o Yan e esses são Marcelo, Leonardo, Lucas, Bianca, Fernanda e Juliana.

Laila: Oi pessoal!

Juliana: Você está sozinha aqui?

Laila: Mais ou menos – disse ela descendo do “forte“ e vindo em nossa direção.

Yan: Como assim?

Laila: Eu encontrei um cachorrinho.

Quando ela disse as seguintes palavras, veio atrás dela um filhotinho de Rask siberiano branco. Deveria ter uns dois meses.
Bianca saiu correndo para pegar o filhote no colo.

Bianca: Nossa, ele é tão fofinho.

Laila: O nome dele é tobby!

Bianca: Que nome lindo. Ele é muito lindo também.

Juliana: Desculpa aí pessoal, mas a gente tem que conversar. Lila, você deixa a gente pegar uns suprimentos aqui? Depois a gente vai embora!

Laila: E até deixo vocês pegarem tudo o que quiserem, mas tem uma condição.

Juliana: E qual é?

Laila: Você!

CONTINUA...

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