domingo, 4 de março de 2012

CAPÍTULO 2

24/02/2012

Rua – 10:00

Depois do primeiro tiro, mais dois foram disparados. Olhamos para frente e víamos o autor dos disparos: um homem branco com uniforme da polícia. Uma multidão de infectados estava correndo atrás de nós.

----- : Venham! Vamos! Entrem no carro.

Yan : Certo, mas quem é você?

----- : Anda logo, entre no carro; antes que os outros cheguem aqui também. Eu explico no caminho.

Eu e Fernanda entramos no carro e saímos de lá. Fomos direto para o condomínio.

Fernanda :Ei, como sabe onde estamos hospedados?

----- : Eu sei, porque também moro lá. Vi vocês chegarem ontem a tarde.

Yan : Certo, certo. Qual é o seu nome?

----- : Rafael.

Fernanda : Prazer. Esse aqui é o Yan e eu sou Fernanda.

Rafael : Muito prazer.

Yan :  Você é policial?

Rafael : Sim! Eu fui designado para conter a situação no aeroporto aqui do Rio, mas tudo fugiu do controle e tivemos que abandonar o local, deixando-o em quarentena. Alguma coisa aconteceu e essas coisas conseguiram sair de lá.

Fernanda : E como você conseguiu sair de lá e vir parar aqui?

Yan : Pergunta idiota Fernanda. Ele é policial e tem uma arma. A situação é bem clara.

Rafael : Não basta ter uma arma, tem saber atirar também.

Fernanda : Toma!.(risos)

Rafael : Chegamos. Busquem seus amigos no apartamento, e vão para para o meu apartamento, que é bem amplo. Enquanto isso eu falo com o porteiro.

Fernanda : Está bem, mas são aqueles infectados que estavam seguindo seu carro?

Rafael : Vou pedir ao Marcos para trancar o portão e subir para pegar as armas que tenho em casa.

Yan : Ok! Então nós vamos chamá-los e  depois vamos para o seu apartamento.

Eu e Fernanda estávamos subindo as escadas e eu estava pensando em como falar pra eles o que tinha acontecido. Chegamos ao apartamento de Marcelo.

Yan : Marcelo, nós temos que sair daqui agora.

Marcelo : O que aconteceu?

Yan : Aquela história do aeroporto não é brincadeira, está realmente acontecendo e não e só aqui, mas também em são Paulo. Com certeza vai se espalhar pra outros lugares.

Marcelo : Yan, pare de palhaçada. Saia da frente que eu to vendo TV.

Yan : Então levanta daí e dê uma olhada ali na janela e olha a multidão que está chegando quase no portão do condomínio.

Marcelo se levantou, foi ate a janela e viu mais de cinquenta infectados à setessentos metros vindo em direção ao condomínio.

Marcelo : Meu Deus! Cara, como isso foi acontecer?!

Yan : Ninguém sabe dizer, mas nós temos que ir para o apartamento do Rafael agora.

Bianca : Quem é Rafael?

Yan : Rafael é um policial que salvou eu e Fernanda.

Marcelo : Será que podemos confiar nesse cara?

Yan : Ele é nossa única esperança no momento.

Marcelo : Está bem.

Yan : Marcelo, peça ao pessoal para botar toda a comida que temos em uma mala e tudo que possa servir como arma. Enquanto isso eu vou ao apartamento de Rafael ver se ele já falou com o porteiro pra fechar o portão, se não, essas coisas vão entrar aqui dentro.

Marcelo : Ok!

Saio do apartamento do Marcelo, e no caminho para ir para o de Rafael, lembrei que tinha um machado de emergência no 2º andar do bloco que nos estávamos. Então resolvi passar lá para pegar. Desci as escadas tão rápido que acabei torcendo o pé, mas mesmo assim continuei. Não tinha tempo pra parar. Peguei o machado e fui mancando até o apartamento de Rafael. Chegando lá, bati na porta e ele atendeu.

Rafael : E aí, estão todos prontos?

Yan : Quase. Eles estão arumando as coisas, mas tem uma multidão de infctados vindo pra cá. Eles devem der seguido o carro. Você falou com o porteiro?

Rafael : Que merda, eu falei. Ele disse que o controle do portão estava com o porteiro da noite, e ele não sabe onde está.

Yan : Será que tem algum jeito de fechar manualmente?

Rafael : Acho que não, por que são portões eletrônicos.

Yan : Merda. Não temos muito tempo. Aqueles infectados vão chegar aqui em pouco tempo. Vou chamar o pessoal pra vim pra cá.

Rafael : Certo, mas leve isso aqui.

Rafael me deu um radio comunicador.

Yan : Valeu! Já volto!

Desci as escadas e fui direto na cabine do porteiro.

Yan : Marcos você já achou o controle?

Marcos : Ainda não, espere mais um pouco.

Yan : Não temos muito tempo.

Radio Yan : Rafael, está na escuta?

Radio Rafael : Estou aqui. Ele achou o controle?

Radio Yan : Ainda não.

Radio Rafael : Então saia daí agora, por que os infectados estão entrando no condomínio.

Radio Yan : Mas que merda...

O radio em minha mão caiu quando um infetado pulou em cima de mim tentando me morder. Bati com o cabo do machado em sua cara, mas não adiantou, ele caiu e levantou. Dei mais um golpe com a parte da lamina e cortei a cabeça dele. Não acreditei que tinha matado uma pessoa ou o que parecia ser uma. Outros cinco vieram para cima de mim, mas escutei vários tiros. Era o Rafael atirando com um rifle, etão eu gritei:

Yan : Atire na cabeça.

Rafael : Saia daí.

Corri pra dentro da cabine do porteiro e me abaixei. Quando olhei para o chão, vi o maldito controle do portão. Peguei e apertei o botão para fechar, mas o portão fechava muito devagar e mais e mais os infectados entravam. Rafael já não conseguia atingir todos os infectados,  quando ouço tiros vindos de outra direção. Uma mulher loira em uma moto da polícia atirando em todos os infectados, matando a grande maioria. Saí da cabine e vi a mulher; ela parecia ser jovem, deveria ter 26 anos. Ela olhou pra minha cara e disse:

----- : Está tudo bem?

Yan : Está sim.

----- : SE ABAIXA!

Um tiro passou perto da minha orelha acertando a cabeça do porteiro Marcos, que não era mais humano.

Yan : Nossa, mas... co... co...  como você fez isso?

----- : Treinamento pesado na base militar. Agora me ajuda a fechar o portão.

Levantei e fui em direção a ela, começamos a empurrar o portão e depois de cinco minutos conseguimos fechá-lo e então perguntei?

Yan : Qual é o seu nome? De onde você veio? Por que me ajudou?

----- : Calma garoto, fica calmo. Meu nome e Juliana. venho da base militar e te ajudei por que ouvi tiros, e meu irmão mora aqui. Ele me ligou e me chamou.

Yan : Você está falando do Rafael?

Juliana : Sim. Você o conhece?

Yan : Sim. Digamos que ele salvou minha vida.

Juliana : Pode me levar até o apartamento dele?

Yan : Nem precisa, ele está descendo. Olha ali ele.

Ela correu para os braços do Rafael e foi logo dando um abraço como se estivesse a muito tempo longe dele.

Rafael : Eu pensei que estivesse morta Juliana. Não me deixaram entrar no aeroporto pra procurar por você.

Juliana : Mas eu estou aqui agora e o que importa é que a gente ta junto de novo, maninho. 

Yan : Pessoal! Desculpe atrapalhar, mas nós precisamos fazer alguma coisa pra segurar esse portão, se não ele vai cair e nós nos ferramos.

Rafael : É mesmo, vamos dar um jeito. Vai lá chamar seus amigos pra nós conversarmos sobre o que fazer.

Yan : Esta bem.

Subi as escadas novamente pra ir chamar o pessoal. Abri a porta e...

Fernanda : YAN! MEU DEUS, VOCE ESTÁ BEM? ALGUM DELES TE MORDEU? TE MACHUCARAM?

Yan : Calma Fernanda, eu to bem. Juliana me ajudou.

Lucas : Juliana é a gata loira de moto? - disse Lucas com um olhar apaixonado.

Yan : É sim, ela é irmã do Rafael. Pessoal, eles pediram pra todo mundo descer pra ver o que agente vai resolver.

Bianca ,Marcelo ,Fernanda e Lucas : OK!

Todos descemos as escadas para encontrar com o Rafael e a Juliana. Eles estavam sentados no pátio do condomínio.

Yan : Pronto! Estamos todos aqui.

Rafael : Que bom.  Então, bem, meu nome é Rafael, tenho 26 anos, sou policial e quero saber se vocês têm alguma ideia do que vamos fazer daqui pra frente?

Lucas  : Queimar os corpos e depois montar barreira pra essas coisas não entrarem?!

Rafael : Isso já é um bom começo, mas precisamos nos conhecer melhor para adquirirmos confiança uns nos outros.  

Lucas : Eu começo então. Meu nome é Lucas, tenho 17 anos – disse ele olhando para a cara de Juliana.

Fernanda : Você já me conhece, mas meu nome é Fernanda e tenho 17 anos também.

Bianca : Meu nome é Bianca, tenho 16 anos e sou irmã da Fernanda.

Yan : Bom, meu nome é Yan, tenho 16 anos e sei bastante coisa sobre zumbis, ou como estamos chamando, infectados.

Juliana : Meu nome é Juliana e tenho 24 anos. Também sou policial e estive no incidente do aeroporto, mas acabei ficando presa lá e tive que lutar pra não morrer.

Rafael: Agora pessoal, eu gostaria que nós nos separassemos e fossemos procurar aqui no condomínio, se tem algum sobrevivente ou infectado escondido. 

Lucas : Eu vou com a loira, quero dizer, Juliana.

Juliana : É, pode ser, sou boa em cuidar de crianças. (risos)

Rafael : Fernanda, pode ir com o Marcelo?

Fernanda : Tudo bem.

Rafael : Bianca vai comigo é com o Yan, está certo?

Bianca : OK!

Rafael : Então, Lucas e Juliana ficam com o bloco um. Fernanda e Marcelo com o dois, e eu, Bianca e Yan com o bloco três.  Certo?

Juliana, Lucas ,Fernanda ,Marcelo,Yan e Bianca :OK!

Rafael : Antes de tudo, tome essa arma Marcelo, por que eu tenho a minha e a Juliana tem a dela, etão fica com essa. E mais uma coisa... Não se separem.

Todos saímos em direção aos devidos blocos designados.

Condomínio - bloco 1 - 21:30 - 24/02/2012:

Juliana: Fique junto de mim, ouviu garoto?!

Lucas : Nem precisa pedir gatinha.

Juliana: Se me chamar assim de novo eu te mato.

Lucas e Juliana subiram até a escada do bloco 1.

Codomínio - bloco 2 - 21:35 - 24/02/2012:

Fernanda : Você sabe usar essa arma?

Marcelo : Acho que não.

Fernanda : Então por que pegou?

Marcelo : Pra nos proteger.

Fernanda : Se não sabe usar, passe ela pra cá.

Marcelo : Está bem, está bem.

Marcelo e Fernanda começaram a subir as escadas quando viram uma coisa que nunca desejariam ver.

Fernanda : AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Condomínio - bloco 3 - 21:40 - 24/02/2012:

Yan : Bianca, fique atrás de mim.

Bianca : Está bem. Estou preocupada com minha irmã.

Yan : Ela está bem, pode ter certeza.

Rafael : Silencio, eu vi alguém ali.

Rafael foi em direção ao que havia visto. Era um menino.

Rafael : Calma, está tudo bem garoto. Agente está aqui agora.

----- : Não está tudo bem nada.

Rafael : Por que não?

----- : Uma daquelas coisas mordeu a minha mãe.

Rafael : E onde ela está?

------ : Atrás de você!

CONTINUA ...

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